Talvez seja apenas a natureza mesmo, e Deus não tenha nada a ver com isso. Ele poder ter cansado de proteger os seus filhos das conseqüências de seus próprios atos.
Olho como a chuva cai das nuvens, e como, ao chegar a uma altura razoável, o vento a move em todas as direções, sem dó, com força e agressividade. Isso não é Deus. Isso é o homem que construiu edifícios diminuindo o especo disponível para o ar, comprimindo-o entre paredes de concreto e forçando-o a lutar para se mover, causando destruição.
Observo também os raios que caem, cada vez com mais freqüência e talvez mais enfurecidos. Isso não é Deus. Isso é o homem que fez da tecnologia sua fonte de vida, e ao transformar as partículas elétricas para seu uso, algumas vezes por futilidades, atrai toda a carga contida nos céus, o que chamamos de raio.
As arvores que caem com a força dos ventos causada pelas construções humanas, reforçam a destruição e o caos. As enchentes apavoram e desabrigam cada vez mais. Sem contar os que, infelizmente, morrem.
Nesse desequilíbrio denominado ecológico, o único e grande culpado é você e todos aqueles de sua espécie.
Não tiro a minha parcela de culpa, pois também sou integrante desse gênero racional e inteligente e usufruo de toda comodidade e facilidades que as invenções me proporcionam, mas me encontro cada vez mais conformada em sofrer as conseqüências. De fato, não vejo saída para uma espécie tão adaptada às coisas matérias senão encarar a revolta natural.
Acredito sim que exista um Deus. E que Ele nos ama. Mas, como todo Pai, um dia Ele teria de deixar seus filhos viverem a própria sorte, mas todos, através do arrependimento, seremos perdoados, e nos encontraremos em um possível paraíso.
