28 outubro 2010

   Passei a semana pensando na melhor forma de expôr o texto a seguir. Hoje, porém, decidi colocá-lo na integra.
   O texto é de Arnaldo Jabor, e eu espero que todos reflitam.

"- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade. ..
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.
- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.
Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.
- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.
Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.
- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.
Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.
Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.
- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira..
Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da
Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.
- O Brasil é um pais democrático.. Mentira.
Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas M Ps), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.
Democracia isso? Pense !
O famoso jeitinho brasileiro.
Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, mu ito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto.... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?? ?
Grande coisa...
O Brasil é o país do futuro. Caramba , meu avô? dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avô?s se ainda estivessem vivos.
Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro !?
Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.
Deus é brasileiro.
Puxa, essa eu não vou nem comentar...
O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.
Para finalizar tiro minha conclusão:
O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.
Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.
Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.
Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!
Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?"

20 outubro 2010

Contrastes na América do Norte

  Na manhã de hoje assisti à um documentário ("Tiros em Columbine"), e, a partir disso, comecei fazer algumas comparações com as cenas que vi e as que vejo diariamente nesse nosso Brasil.
  Antes de qualquer coisa, devo expôr-lhes algumas das comparações que foram feitas no documentário; Canadá e Estados Unidos.
  Para se adquirir uma arma em ambos os países, basta uma licença, e para comprar munição, basta pedi-la em qualquer WalMart. O ponto em que quero chegar não é a liberdade de compra e venda de armamento, mas sim o modo como este é usado.
  Nos últimos 3 anos, no Canadá, não houve registros de assassinatos. Já nos EUA, assassinatos são quase que mensais.
  Responda a seguinte pergunta: se em ambos os países existe a liberdade de compra de armas, por que o número de mortos por armas de fogo, é tão diferente?
  "Porque os jovens estadunidenses assistem à mais filmes sangrentos!?", diz uma das entrevistas. E ela está errada: os filmes assistidos nos Estados Unidos são igualmente assistidos no Canadá.
  "Porque no Canadá não há tantas favelas!?", diz outro entrevistado. E ele está errado também: no Canadá há tanta pobreza quanto nos Estados Unidos.
  Não é surpresa para ninguém que os Estados Unidos vivem a tal "Guerra ao terror", que tem como única finalidade controlar toda a população estadunidense através do medo.
  Agora, analise os fatos a seguir: os estadunidenses tem seus dias recheados de notícias sobre guerras, bombas, terrorismos, assassinatos, brigas, etc. Nos noticiários do Canadá os assuntos tratados são, em sua grande maioria, educação, saúde, econômia.
  Não é a toa que dizem que a  mídia tem tanto poder. Acabamos de comprovar isso à cima. A todo momento o governo dos Estados Unidos expõe caos e perigo aos moradores, deixando-os com medo e desconfiança de tudo e todos que os rodeiam. Dessa forma, fica fácil controlar toda a população de um país, e tornar as pessoas cada vez mais agressivas e vulneráveis ao porte de arma, tendo assim altos fins lucrativos na econômia do país.
  Para provar que isso é verdade, conto-lhes que, há alguns anos, uma grande loja de varejo, que vendia munição, faliu um mês após deixar de vender estes, e precisou ser fechado. Isso significa que quase todo o lucro desta loja provinha da venda de munições, e ela nem era a loja mais procurada para este tipo de compra.
  Por fim, peço que pense: no Brasil, somos atacados com notícias de mortes, tiroteios em favelas, tráfico, assassinatos, e, já pensou que essa semelhança tem algo a ver com as semelhanças de governo?

 

14 outubro 2010

A vida é breve. Aproveite corretamente.

  Não é de hoje que ouvimos o famoso bordão: "Se beber, não dirija!", e também não é de hoje que a grande maioria não acredita que a combinação "carro+alcool" pode terminar em tragédia.
  De todas as pessoas que eu conheço, creio que 1% não dirige depois de beber, que seja um copo qualquer, e já ouvi muitos dizerem que bebi pouco, e não estou alterado.
  Infelizmente, a legislação em nosso país não é muito levada a sério, e, independete das leis, alguns inconsequentes insistem em digirir alcoolizados.
  Neste final de semana que passou, no dia 10 de outubro de 2010, presenciei uma fatalidade causada por mais um indivíduo que resolveu quebrar as regras e dirigir alcoolizado. A grande tragédia deu-se porque, além de acabar com a própria vida, o motorista de um monza, tirou também a vida de duas mulheres: mãe e filha, que haviam saido para se divertir, e nunca mais voltarão para casa.
  A mãe, uma grande mulher, competente em seu trabalho como professora, e como amiga, lembraremos dela com toda a alegria que sempre teve.
  A filha, não cheguei a conhecer, mas ouvi dizer ser uma garota inteligente, que buscava um futuro brilhante, e pretendia terminar seus estudos.
  A mãe, 47 anos, a filha 21, levavam uma vida saudável e não podiam imaginar que seriam atingindas desse jeito. Ninguém podia imaginar tal fatalidade e ainda não nos conformamos.
  "Se beber, não dirija!". Leve isso a sério. Não acabe com a sua vida. E não tire o direito dos outros de viverem.
 

Postagem em homenagem a professora de biologia Mara Viviem. Descanse em paz !

11 outubro 2010

Precoces ou atrasados ?

  Andava pelo shopping num sábado a tarde e parei para olhar as pessoas a minha volta. Por incrível que pareça (e talvez hoje nem pareça tão incrível), crianças de 8 ou 9 anos (eu acho), ''dominavam'' o espaço.
   O que me chamou atenção, não foi exatamente as crianças estarem em maioria lá, mas o fato de estarem sozinhas. Me lembro que, com essa idade, ia no shopping apenas acompanhada de meus pais.
   Já ouvi muitas pessoas dizerem ''como essa juventude está adianta'', e em alguns pontos, eu concordo que as crianças de hoje, já tem liberdade de fazer coisas que a minha geração só pode fazer aos 14, 15, e, outras geração mais passadas, nem podiam fazer antes de se tornarem independetes. Mas, até onde os jovens são precoces?
   Não é preciso ir muito longe: se resgatarmos uns 20 anos no passado, poderemos ver que as crianças daquela época, apesar de não ter tamanha liberdade de fazer o que queriam, elas se preocupavam mais com o futuro, começavam a trabalhar muito cedo, e, talvez por isso, não tivessem tempo de querer tudo.
   Além disso, o jovem, quando chegava nos seus 15, 16 anos, já tinha quase certeza do que seria de seu futuro. Se fosse de uma família mais pobre e sem condições de estudo, o jovem teria de se fixar num emprego que lhe proporcionasse uma vida melhor. Já aqueles que viviam em condições melhores, se preocupavam em decidir logo a universidade que cursariam.
   Naquela época também, existia uma maior preocupação com política e com a ética. É claro que toda a repressão que o jovem sofria era um fator agravante para as situações de greves e revoltas, mas estamos tão ''livres'' hoje, que nada nos preocupa mais.
   É como se estivessemos vivendo na antiga Roma, e o ''rei'' nos desse o ''pão e circo''. Acabaram com a repressão. Nos deram liberdade. Mas, acabaram também, com a educação dos jovens. Cada dia que passa, percebo mais o desinteresse do jovem em relação ao mundo que o cerca. E assim como em Roma, logo, poucos dominaram o país, e nós viveremos em guerras.

03 outubro 2010

Eleições 2010

  Após minha última postagem, há uma semana átras, decidi que o próximo tema a tratar, seria ''Eleições''. Não fiquem surpresos por eu citar isso justo hoje, no dia que decidimos o futuro do nosso país.
  Na verdade eu passei uma semana pensando no que dizer sobre nossos canditados. Acompanhei os debates durante todo o período de propaganda eleitoral. Pesquisei sobre alguns projetos dos candidatos favoritos (ou melhor dizendo: populares). Mas, de tudo isso, tudo o que eu podia fazer, era esclarecer onde eles queriam chegar com tais projetos.
  Falar mal ou bem, de um ou de outro, não era a minha intenção. Mostrar o passados deles, também não adiantaria muito. Decidi então, esperar até hoje, e fazer esse post sobre os eleitores, e não sobre candidatos.
  Enquanto aguardava na fila pra votar, analisei alguns comportamentos, algumas conversas e cheguei a uma conclusão que gostaria de compartilhar com todos, e espero que isso faça alguma diferença.
  A primeira coisa que notei quando cheguei a Escola Estadual Antonio dos Santos, foi o tédio estampado no rosto da maioria das pessoas que ali esperavam sua vez. O que me intrigou um pouco, pois, estavámos ali para escolher nosso representante admistrativo. Em poucos minutos cada um estaria contribuindo com seu voto para eleger o próximo Presidente.
  Passado um tempo, ouvi uma conversa entre dois camaradas:
"- Mano, vou votar no Tiririca. Esse país tá uma palhaçada mesmo. Então vamo regaça."
  Depois dessas palavras eu tentei imaginar quantas pessoas também pensavam como eles, e como ,realmente, este país "tá uma palhaçada".
  Fiquei por mais alguns minutos ali antes de votar, e ouvi mais algumas conversas sobre os candidatos a presidencia.
  Brasil. Maior país da América Latina. Está entre as 10 maiores econômias do mundo. Tem um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) péssimo. Atualmente comando por um semi-analfabeto. Tem como candidato para próximo presidente: uma ex-protestante que já passou por uma prisão, já atirou e viveu em epóca de repressão; outro ex-protestante que, ao invés de ficar e lutar por sua nação, opitou pelo exílio, escapou da repressão e estudou em ótimas universidades fora do país; e em terceiro lugar nas intenções de voto, temos uma mulher inteligente, com projetos para sustentabilidade brasileira, porém, essa mulher não tem o mesmo perfil político dos dois que a ultrapassam.
  Aliás, falando em perfil político, qual seria o perfil político ideal para o Brasil? Aquele com as melhores roupas? Com a maior conta bancaria? Com as melhores faculdades? Aquele que deseja investir mais? E, o que é investir?
  Respondo á todas essas perguntas: O perfil do brasileiro é a conformidade com a miséria de muitos e enriquecimento de poucos. Aquele que investe, segundo o brasileiro, é aquele que constroi aqui e ali, que distribui isso e aquilo.
  Por isso eu digo: a palhaçada, está na frase a cima. Ninguém liga pra quem está na miséria e pra quem tem luxuosidades até demais. Está bom assim, e está bom pra todo mundo. E os investimentos? Em cada construção e em cada distribuição, o desvio de dinheiro é muito maior do que o que é investido.
  E é por causa dessa confomidade de 99% do povo brasileiro que vivemos cercados de tamanhas desigualdades sociais.
  Investimentos de verdades, seriam aqueles que deveriam se feitos na educação. Pense: se hoje pessoas acham que estão "regaçando" por votar no Tiririca para Deputado Federal, daqui 4 anos,  estarão ''destruindo" e votando no Tiririca para Presidente. E tudo isso acontece, porque desde sempre, nunca foi ensinado nada sobre política nas escolas. Se assim continuar, a ''palhaçada'' permanecerá.
  Enquanto não existir educação, continuaremos na ignorância!